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sábado, 16 de dezembro de 2017

Sendeat: Comida do restaurante chega a casa em meia-hora


Entregar em casa um almoço ou jantar feito por restaurante em cerca de 30 minutos. Esta é a garantia da Sendeat, uma startup que junta a logística com o marketplace numa só plataforma. Começou há pouco mais de um ano no Porto e chegou em setembro a Lisboa. Tem parcerias com cerca de 200 restaurantes e já dá trabalho direto a 12 pessoas e a mais de uma centena de estafetas. Quer afirmar-se num mercado com cada vez mais concorrentes, como a Glovo, a UberEats e a NoMenu.

As encomendas podem ser feitas por telefone ou através da página da Sendeat. Para receber a refeição, o cliente indica a morada de entrega, vê os restaurantes disponíveis da zona, escolhe os pratos e o método de pagamento – no ato da entrega, através de referência Multibanco ou cartão de crédito. Ao preço cobrado pelo restaurante, soma-se uma taxa ao cliente de 2,95 euros. Se a encomenda for abaixo dos 15 euros, o cliente tem de pagar uma taxa adicional.

Com o pedido feito, o cliente pode acompanhar a encomenda em tempo real e saber, ao minuto, o tempo de entrega estimado, que varia entre 29 minutos (Lisboa) e 35 minutos (Porto). As entregas são feitas com estafetas, explica José Gramaxo, fundador e CEO da Sendeat, em entrevista ao Dinheiro Vivo.

“Somos dois tipos de empresa: um marketplace – juntamos diversos restaurantes no mesmo sítio – e uma empresa de logística – entrega de comida. Abrimos um mercado que não existia em Portugal a muitos restaurantes”, destaca José Gramaxo.

Entre Lisboa e Porto, a Sendeat já conta com quase 200 restaurantes parceiros, seja a título individual como em cadeias, como a 100 Montaditos e a RED – We like it Raw.

Atualmente, já é possível encomendar comida japonesa, portuguesa, vegetariana, italiana, americana, nepalesa & indiana, chinesa e mediterrânea, além de pratos como sushi, pizza, francesinhas, saladas, tapas, frango, marisco, pregos e hotdogs.

A Sendeat recorre a estefetas para entregar as refeições. São já 130 senders – assim são designados – divididos entre Lisboa e Porto. Recebem salário fixo e um bónus variável. “Dependendo da zona, podem fazer 2 entregas por hora e ganhar entre 6,5 e 7 euros. Podem ganhar até 10 euros por hora em algumas situações”.

Como usam transporte próprio – bicicleta, mota ou carro – os estafetas são pagos “acima da média do mercado”.

A Sendeat começou em setembro de 2016 no Porto, como o nome de Fobado. José Gramaxo tinha estado oito anos fora de Portugal e tinha-se apercebido da falta de serviços do género em território nacional. José Gramaxo é licenciado em Gestão e Empreendedorismo pela De Montfort University em Leicester (Reino Unido) e com Mestrado em Gestão Internacional pelo IE Business School em Madrid (Espanha).

A startup está sedeada no edifício da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários – onde trabalham 12 pessoas, no departamento de operações e de tecnologia. Em Lisboa, ocupa um espaço de trabalhado partilhado (cowork) na Beta-i.

A empresa de José Gramaxo entrou num mercado com cada vez mais concorrentes: os espanhóis da Glovo já entregam produtos e documentos em Portugal e os norte-americanos da UberEats vão chegar cá até final do ano. Existe ainda a empresa portuguesa NoMenu.

Apesar destas ‘ameaças’, José Gramaxo vê esta concorrência “com muito bom grado” e acredita: “vão ajudar-me a validar e a educar o mercado. Há espaço para todos.” Em Portugal, o crescimento da Sendeat será feito com a entrada de novos restaurantes como parceiros.

Informação retirada daqui

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